segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Trabalhando com San Mai de Inox/Carbono

Amigos,

Destra vez resolvi escrever um pouco sobre alguns trabalhos que fiz recentemente utilizando um material que me era desconhecido. O San Mai de inox/carbono

O termo san mai é usado pra designar um "sanduiche" de aços que são caldeados de modo análogo ao que se faz nos billets de damasco. Em geral quando se deseja, por alguma razão que a peça tenha um núcleo mais duro e laterais mais macias, ou mesmo, no caso do san mai de inox/carbono, obter um resultado final bastante bonito e peculiar.

Esse material foi produzido pelo Amigo e Cuteleiro Marcos Gutierez (https://www.facebook.com/marcosantonio.gutierrez.12?ref=ts&fref=ts) que tem se notabilizado, além das facas que faz, pelos excelentes damascos, madeiras estabilizadas e sanmai que tem feito. Quem desejar adquirir sob encomenda excelentes billets pode entrar em contato com ele.

Um billet sanmai de inox pode ser composto, basicamente, com aços inox martensíticos/carbono martensítico (que podem ser temperados) ou inox não-martensítico/carbono martensítico (inox não "temperável" e aço carbono que pode ser endurecido termicamente). Qual a diferença????

Vamos por partes:

Em primeiro lugar, façamos o billet, com 2 camadas de inox e uma de carbono. Digamos que usaremos duas de 420 e uma de 1070 ou 5160

Lixe e limpe cuidadosamente as peças, inclusive desengordure com álcool ou acetona (nesse caso o cuidado nunca é demais). Monte o billet e solde cuidadosamente. Se tiver uma solda tig a mão use-a. Se não, solda elétrica resolve bem.

O caldeamento ocorre a temperaturas MUITO ALTAS (cerca de 1200 graus). Não é necessário usar bórax!!!  Mas use equipamentos de proteção como os usados pra caldear damasco!!!

O caldeamento pode ser feito por martelamento ou prensa. Uma vez caldeado (que Deus permita) vc tem um billet. Aí começa o trabalho de fazer a faca em si.

A faca produzida desse billet de sanmai será feita por desbaste. Mas ANTES É NECESSÁRIO recozer o material que sai do caldeamento TEMPERADO. Como o inox requer temperaturas de endurecimento altas (cerca de 950 a 1100 graus), é preciso recozê-lo nesse patamar e é indicado que isso seja feito num forno de têmpera com ajuste controlado. Sem isso fica muito difícil trabalhar o material como usalmente se faz.

O processo de caldeamento deixa marcas no inox que deverão ser retiradas numa pré-usinagem do billet.

Então, agora, é começar a fazer a faca, nos moldes usais

Neste caso, eu dispunha de dois billets. Um menos espesso (com cerca de 5 mm), do qual fiz esta hunter:

Que tem 4,5" de comprimento de lâmina com 4 mm de espessura x 30 mm de largura. Cabo de madeira estabilizada com guarda de inox e inserts de madrepérola gold. A madeira e inserts foram adquiridas do "LOGINHA" do Sr. Sérgio Ricci (https://www.facebook.com/sergionatal.ricci?ref=ts&fref=ts)


E outro mais espesso (com cerca de 8 mm) que resultou nesta big fighter:





Que tem 9,5" de comprimento de lâmina x 6 mm de espessura x 40 mm de largura. O cabo de madeira estabilizada com insert de madreperola gold e guarda de inox. Observem que, pelas marcas do billet, a peça perdeu espessura.

Ao observar as lâminas vêem-se linhas de transição bem marcadas. Essas linhas são produzidas pela presença de estruturas metálicas diferentes na lâmina. Numa mema peça há ferro sem carbono (1a linha escura), linha de transição branca (cromo) e parte escura (aço carbono temperado), além da 1a parte cinza clara que é o inox. O BILLET FOI COMPOSTO POR INOX MARTENSÍTICO E AÇO CARBONO MARTENSÍTICO. Com essa combinação obtêm-se essas linhas descritas. Na minha opinião é um belo resultado.

A outra opção de montagem de billet samai inox/cabono seria usar, p. ex., duas camadas de inox 316 com uma de carbono. O resultado não exibiria as linhas de transição características de migração de material na área de caldeamento. É questão de meios, técnica e opção. Particularmente, eu prefiro a combinação martensítica.





Após os procedimentos de desenho, desbaste e usinagem, com a lâmina pronta e polida, é hora de temperar. Embora o inox martensítico e carbono tenham características diferentes, a temperatura de têmpera será a do carbono (cerca de 800 graus) e poderá ser feita tanto na "boca" da forja quanto em forno.
A VANTAGEM do forno é ter a certeza que todo o aço carbono foi endurecido e, na revelação com o percloreto, ficará cinza escuro homogêneo. Se a têmpera seletiva for feita do modo usual, poderá ocorrer de toda a parte de carbono exposta não endurecer e o resultado final não ser o desejável.

Linhas de têmpera feitas na "boca" da forja de maneira seletiva

 IMPORTANTE é lembrar que, se usar o forno para temperar a lâmina, esta ficará integralmente dura (inclusive a espiga). Nesse caso será necessário normalizar a espiga para furá-la na pinagem do cabo ou usar uma broca de aço duro. Sem observar este detalhe poderá ser inpraticável pinar a faca (com o cabo já pronto)


Após o tratamento térmico (têmpera) segue-se o revenimento usual. Depois é polir a lâmina e fazer a "revelação" em um banho de 30 seg em percloreto (não é necessário mais tempo que isso). Se tudo foi feito corretamente...

O resultado:




 


Obviamente, o CONJUNTO FINAL vem com a combinação dos materias e desenho das peças. Procurei usar matéria prima de boa qualidade e que se harmonizase no todo. Trabalhar com um material deste tipo é um grande aprendizado além de propiciar uma faca singular.












Espero que tenham apreciado a experiência!!!

Um forte abraço e obrigado pela visita.

Voltem sempre.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

COMO NASCEU UMA CAMP.

Amigos,

Decidi parar um pouco hoje e dar atenção a este Blog. Não é por desconsiderar as pessoas que vem aqui de vez em quando, que não atualizo o conteúdo no mesmo ritmo que produzo minhas peças... Dividir o tempo com a PM, a família, a cutelaria e os demais afazeres cotidianos não é fácil!!!!... Mas enfim... vou mostrar-lhes alguns trabalhos que não exibi e contar um pouco da história de cada um.

Como nasceu uma CAMP de damasco:

Tenho por norma cultivar meus amigos com cuidado. Felizmente, o Mundo da Cutelaria me proporcionou grandes amigos. Dentre os cuteleiros dos quais admiro o trabalho está o Maestro Facundo Montenegro (https://www.facebook.com/facundo.montenegro.71) de quem tenho a honra de ser amigo. Nós criamos um "costume" de trocar presentes quando vamos às exposições de cutelaria. Da última  vez, nos encontramos na 1a Mostra Internacional de Cutelaria (https://www.facebook.com/MICUTELARIA - que, por si só, merece uma postagem detalhada pois foi um evento MEMORÁVEL!!! - a mim coube um billet de damasco random. Facundo é especialista em damasco. Ganhou, no Salão Paulista de Cutelaria 2011 (http://www.salaopaulistadecutelaria.com.br/) o prêmio na categoria de "Melhor Damasco" e me preocupei em fazer uma peça à altura.

1o dia da MIC dedicado exclusivamente aos expositores. Café da Manhã, almoço e jantar entremeados de palestras técnicas, julgamento e premiação das melhores peças.
Aula do Mestre Jerry Fisk analisando uma das minhas facas -  Só isso já valeria a viagem!!!!

Eu sempre tenho dito, e vou continuar a dizê-lo, que se você leva a cutelaria a sério ou sabe que é uma paixão "séria", deve ir aos grandes eventos de cutelaria... Ir a um evento de alta qualidade, como foi a 1a Mostra Internacional só agrega conhecimento, consolida amizades e eleva o patamar técnico do cuteleiro... O Colecionador/Apreciador tem chance de ver peças novas, conhecer as novas tendências da cutelaria nacional, saber quem faz o quê, além de ter acesso a excelentes materiais e insumos.
ENTÃO, SE GOSTA DE CUTELARIA SERIAMENTE, VÁ AOS EVENTOS NACIONAIS DE ALTA QUALIDADE!!!!

Como fiz esta faca logo após a 1a MIC estava com boas idéias e trouxe ótimos materiais... Na 1a MIC estreou a "LOGINHA" do colecionador Sérgio Ricci  (https://www.facebook.com/sergionatal.ricci) que se notabilizou pelos excelentes materiais apresentados. Ricci, atualmente, fornece pra 8 em 10 cuteleiros brasileiros (estimativa pessoal).


COM TUDO ISSO NA BAGAGEM, imaginem que eu queria fazer uma faca digna da experiência...

Faca Camp de Damasco Random com 10" de comprimento. Guarda de damasco twisted e cabo de  Madeira estabilizada com insert de abalone verde.
Talvez aluns colegas não saibam mas uma faca assim tem que ser primeiramente montada com todas as partes ajustadas, finalizadas e polidas. Então o cabo é "isolado" e aço submetido ao percloreto de ferro que vai "revelar" o damasco. Posteriormente, acontece a fosfatização e, por último um lixamento manual com lixa grão 1500 e óleo. Então... dá um grande trabalho e requer uma dose extra de paciência (além de técnica)







DEPOIS DE PRONTA, deve ser vestida:


Esta bainha é feita com "sola engraxada" bovina (adquirida no Curtume Maniero) coberta por couro bovino texturizado. Uma opção que além de bonita é alternativa pros couros "exóticos" . Um amigo de Uberaba me apresentou esta opção e informou que há várias outras texturas diferentes. Estou esperando novas e promissoras amostras.

A marcação é feita à mão com craftools específicas.


Meus amigos,

Espero não ter abusado da paciência de vocês. Mas sim que, ao verem uma peça de cutelaria de excelência, a vejam não só como uma faca mas sim como a materialização das experiências, das idéias e do trabalho de quem a fez. Uma faca custom  é sempre UM OBJETO DE ARTE.

Um abraço a todos e obrigado pela visita.

terça-feira, 29 de maio de 2012

O que andou fazendo o Serapião??????

Amigos,

Depois de todo esse tempo e, após receber emails diversos que relataram ter acessado o blog em busca de artigos sobre cutelaria, resolvi dar uma olhada.... Nesse tempo todo, sem poder me dedicar a escrever sobre uma das minhas paixões, a Cutelaria, fiquei surpreso em ver que o número de seguidores aumentou muito desde a última postagem. Isto me fez ver que o tema CUTELARIA DE EXCELÊNCIA, tem relevância bem como uma grande procura. Portanto, daqui pra frente, me esforçarei pra postar uma ou duas "matérias" por mês. Com temas pertinentes aos meus trabalhos como sempre tenho feito desde o início.

Mas, afinal, o que andei fazendo que não tive tempo pra postar no meu próprio blog???? 

Logo de início, digo que não foi por desatenção aos amigos que se dignaram a me visitar aki!!! Ao contrário!!!
Atualmente, pra todos aqueles que se engajam em qualquer atividade que seja, o tempo é artigo de luxo. A "modernidade" nos cobra um alto preço. Aumentam as expectativas, as necessidades e os afazeres. E o tempo, simplesmente, NÃO RENDE!!! Sem falar que, quando se dispõe de pouco tempo, como é o meu caso, as prioridades vão sendo eleitas pelas circunstâncias... Minha jordada de trabalho (somadas as horas da polícia e cutelaria) beira as 18 h diárias...  kkkkkk eu sei!!! Dormir é luxo!!!!

Durante todo este período, andei tentando evoluir na Arte, através de estudo, aquisição de novas ferramentas e máquinas além de não desperdiçar nenhuma ocasião pra adquirir novos conhecimentos.

No quesito EQUIPAMENTOS (sem ordem cronológica...) foram adquiridos ou produzidos vários itens:

Lixadeira estilo KMG produzida pelo Leonardo Fontes e Emilcio Cardoso de S. Paulo -  1a lixadeira especificamente produzida pra cutelaria. Adquirida ao longo do ano passado. Uma das melhores máquinas (senão a melhor) do gênero produzida no Brasil. Extremamente robusta (quase 100 kg) e disponível com opcionais como o "carrocel", "braço" para rolete de integrais e roda de contato pra desbaste hollow, feitos com a mesma qualidade e precisão da máquina. Recomendo!!!!


HOJE, após ter sido usada INTENSIVAMENTE, continua totalmente funcional. Ressalvando-se que todo equipamento deste tipo requer atenção e manutenção dos componentes móveis (roletes, eixos e rolamentos), além do motor, no tempo certo. 



Os autores da obra, Emilcio e Leonardo que foram, inclusive, premiados como Destaque da Feira no Salão de Cutelaria de São Paulo me 2011
 
Furadeira/Fresadora - Máquina usada para operações de furação e fresagem. Esta é um modelo extremamente confiável, já usado e testado por diversos cuteleiros no Brasil. Foi adquirida na Vitor & Buono de São Paulo. É adequada pra trabalhos em aço, contudo, não pra trabalhos excessivamente pesados como os usualmente feitos na indústria de metal/mecânica. Pesa cerca de 270 kg.
 Vale dizer, aos amigos que não conhecem ou já usaram este equipamento, que a fresadora "standart" requer que se adquiram acessórios como uma MORSA DE PRECISÃO:

Um "PORTA-PINÇA" que é um aprimoramento do mandril convecional. É projetado pra fixar adequandamente a fresa que vai usinar o material propriamente dito.


Sem esses componentes, a Fresadora não produzirá o total de seu potencial.  Então, é bom considerar os custos desses acessórios (que não são desprezíveis) ao cogitar a compra de uma furadeira/fresadora seja ela qual for.

"NOVA FORJA" - O uso intensivo da forja, assim como o aprendizado com Cuteleiros bem mais experientes que eu, como os Mestres Ricardo Vilar, Rodrigo Sfredo, Gustavo Vilar, Eduardo Berardo, bem como demais colegas, nos levam a repensar conceitos e procurar aprimorar os equipamentos da oficina. Destes, a forja é, por excelência, o Coração da ativida. A minha foi  totalmente remodelada.


De modo a poder, ocasionalmente, ser desmontada rapidamente bem como propiciar um isolamento térmico mais eficaz. Eu  uso manta refratária com uma base de tijolo refratário:






Oriento os amigos, que a forja à gás é um equipamento essencial mas requer uma grande atenção pelo potencial de dano que contêm. Escolher mangueiras adequadas, vistoriar os componentes, manter um extintor de incêndio na área e, se possível, usar um regulador de GLP de maçarico na saída do botijão. Este acessório propicia uma maior segurança além de permitir uma regulagem da pressão de saída o que pode evitar que a entrada de gás na forja congele com a passagem acelarada do gás.



Mais recetemente, adquiri uma nova lixadeira pra dividir os esforços com a lixadeira clone da KMG americana. O máquina escolhida, desta vez, foi o modelo "New Daf". Também baseada no modelo KMG esta máquina é mais leve que a minha primeiro, porém, totalmente funcional. É a escolha ideal se for necessário levar equipamento pra outro local, p. ex.. É facilmente transportável e vem equipada com motor de 1,5 cv, inversor de frequência da Provolt, mesa de flat e roda de hollow de 8". Em suma, um pacote completo e ótima opção. Recomendo!!!



Uma ao lado da outra:

A esta altura é necessário dizer que todos os materiais da minha oficina fora adquiridos com muito trabalho, suor e reinvestimento do capital oriundo da venda das minhas peças. Não tenho patrocinador que não eu mesmo. Todo o aprendizado, melhoria técnica e condições de produção melhores que obtive são dedicados aos clientes e amigos que apreciam meu trabalho!!! Em todo ramo deatividade é necessário investir em cursos, materiais e equipamentos. Em cutelaria de excelência não é diferente!!! Sempre estamos procurando novos equipamentos ou novos conhecimentos que nos possibilitem expressar melhor a nossa arte.


Ao longo de 2011 para 2012, pode-se verificar um crescimento das atividades ligadas à cutelaria custom no Brasil. Tal crescimento é devido, principalmente ao empenho de cuteleiros e demais profissionais ligados à área. A internet tem uma grande parcela de contribuição quando se pensa em divulgação. Entretanto, graças a iniciativa e denodo pessoal de um Cuteleiro chamado Gerson Bragagnoli de Campina Grande-PB foi inaugurada em Outubro de 2011 uma Nova Escola de Cutelaria no Brasil. A 2a do gênero dentro de uma Universidade Federal e que fornece cursos de extensão. Isso, é um marco extremamente relevante. Tive a felicidade estar presente na ocasião juntamente com personalidades conhecidas no mundo da Cutelaria, como Silvana Mouzinho (cuteleira e promoter do Salão de Cutelaria de SP), seu marido Paulo Mouzinho (Conhecedor e Colecionador), Ricardo Vilar (professor do Curso) além de Gerson Bragagnoli, alunos e demais expectadores. Foi um evento Memorável!!!!

Em 2011 ocorreu também o, já consagrado, Salão de Cutelaria de São Paulo http://www.salaopaulistadecutelaria.com.br/, promovido pela Cuteleira Silvana Mouzinho com o Apoio da SBC (Sociedade Brasileira dos Cuteleiros). Este evento foi, como de costume, uma festa da Cutelaria Nacional. Imperdível pra quem aprecia a boa cutelaria. Pela grandiosidade do evento, merece um post só seu. Neste ano, pretendo escrever detalhadamente sobre a Edição 2012, oportunamente. Já estou com o lugar reservado!!! Recomendo a todos!!!!



Como disse anteriormente, a evolução da Cutelaria Nacional se deve, em boa medida, pelas iniciativas e pessoas empreendedoras que, por suas habilidades, conseguiram colaborar com o segmento de diversas maneiras. Uma delas é a produção de equipamentos de ponta voltados pra cutelaria. Itens como guias de lima, lixadeiras de cutelaria e até fornos de têmpera passaram a ser produzidos visando a demanda oferecida pelo mercado de cutelaria no Brasil.

 
Guia de Lima produzido pelo Ricardo Vilar


Guia de Lima com superfície de Widia  produzido por Emício Cardoso
Forno de têmpera com controle digital de temperatura feito pra têmperas de peças longas. Possibilita usar apenas a metade da área interna. Produzido por Emílcio Cardoso.

Sempre que me é possivel adquiro os bons equipamentos do gênero que se tornam disponíveis. Não adquiri, ainda, este forno mas o farei quando a ocasião for propícia.Os demais guias de lima tenho, uso e recomendo.



O MOMENTO ATUAL DA CUTELARIA NACIONAL é singular!!!!

Se, em 2011, contamos com o, já consagrado, Salão de Cutelaria de São Paulo da Silvana Mouzinho, em 2012 poderemos participar de TRÊS grandes Eventos de Cutelaria no Brasil.

Estamos nos preparando para a 1a Mostra de Cutelaria Internacional promovido pelo promoter Roger Glasser de São Paulo

ao qual acorrerão, além dos renomados Mestres da Cutelaria Nacional, como Rodrigo Sfredo, Ricardo Vilar, Eduardo Berardo, Jacinto Melo e outros, o Famoso Cuteleiro Norte-Americano, Jerry Fisk, que virá ao Brasil especialmente para participar deste evento trazendo, inclusive, peças inéditas como esta Bowie da capa, batizada de "Path of tears"... ESTAREMOS LÁ!!!!





Logo em seguida, ocorrerá em Sorocaba a 1ª F.A.C.A.S – Feira Anual de Cutelaria Artesanal de Sorocaba.



"Nas festividades em comemoração ao aniversário de Sorocaba, mais precisamente nos dias 4 e 5 de agosto de 2012, estaremos promovendo um grande evento de cutelaria e artes ligadas ao tropeirismo e para tal convidamos os amigos.

O evento será realizado nas dependências do Instituto Humberto de Campos, entidade com salão de aproximadamente 900 m2, com local para a exposição, lanchonete, restaurante, sanitários e estacionamento para 350/400 veículos, todo asfaltado, interno e com segurança total." - Palavras do Promoter do Evento, o cuteleiro Edson Viana  de Sorocaba - ESTAREMOS LÁ!!!!

E, por fim, a Edição 2012 do Salão de Cutelaria de São Paulo. Este será o meu 4o ano consecutivo:




Este evento já está consagrado no Brasil e é imperdível!!! Não há melhor oportunidade de ver e aprender sobre cutelaria de excelência do que visitando uma Feira deste porte. RECOMENDO COM EMPENHO!!!


BEM.....

AGORA QUE JÁ ABUSEI DA PACIÊNCIA DOS INTRÉPIDOS QUE LERAM ATÉ AKI, CABE A PERGUNTA.... "MAS SÓ MÁQUINAS, ESTUDOS, CONSIDERAÇÕES SOBRE O MOMENTO DA CUTELARIA NACIONAL??? E AS FACAS????


Meus amigos, toda a informação, máquinas, materiais e equipamentos que se possa ter, de nada valem sem a materialização da criação. Cutelaria se faz em OFICINA!!! Exorto os colegas que pretendem se iniciar no mundo da cutelaria AO MOVIMENTO. Iniciem os trabalhos que desejarem que os obstáculos serão removidos na medida da sua força de vontade e ONDE HÁ VONTADE HÁ SEMPRE UM JEITO.

Por já ter tomado muito do tempo de vocês, encerro esta postagem de "reativação" com algumas fotos de peças que produzi enquanto estava fora do mundo "bloguista". Tentei aproveitar o meu tempo da melhor maneira possível.
























































Por hoje é só, pessoal!!!

Espero ter feito valer a pena a sua visita!!!

Obrigado por virem e voltem sempre!!!